sexta-feira

Concessionárias e governos voltam a construir estradas de concreto


Depois de décadas, as estradas brasileiras voltam a ser pavimentadas, em alguns trechos, com concreto. Muitos usuários sequer percebem que estão sobre outro tipo de pavimento. À primeira vista, a diferença que chama atenção é a coloração. As estradas de concreto têm pisos claros, é cinza quase branco, entretanto, a maioria das pessoas acha que se trata de outro tipo de asfalto.
Para o motorista pode parecer irrelevante, mas na realidade, o pavimento de concreto revela uma grande transformação na gerência de rodovias do país, em particular nas concedidas.
O raciocínio é simples. As concessionárias assumiram trechos, em média por 20 anos, com grande volume de tráfego, principalmente de veículos pesados, em que o pavimento sofre muito mais as conseqüências do uso, portanto, na hora de recuperar uma rodovia, construir novos trechos, duplicar as estradas, é preciso verificar qual será o menor custo de manutenção ao longo do período da concessão.
Neste sentido, o pavimento de concreto tem sido considerado excelente alternativa em relação ao asfalto. As estradas de concreto são mais adequadas em diversas situações, principalmente em trechos com muito tráfego de veículos pesados, regiões de serra ou com grande número de veículos leves. É o caso da rodovia Osório-Porto Alegre, administrada pela Concepa. “A vida útil do pavimento de concreto é mais do dobro. Além do mais, praticamente, não precisamos dar manutenção, o que reduz custo e evita interromper o tráfego. O custo inicial é maior, mas compensa ao longo do período da concessão”, esclarece Marcelo Dama, Gerente de Engenharia da Concepa.
Outras vantagens apontadas por Dama é que na estrada em concreto o risco de aquaplanagem é reduzido e a refletividade do pavimento é maior. Os usuários da Concepa que estão circulando por 17km de estrada de concreto, que já foram aplicados pela concessionária, aprovaram o concreto e tem elogiado a maior aderência nos dias de chuva e visibilidade à noite. O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Carga, do Rio Grande do Sul, João Pierotto confirma: “Há melhor aderência dos rodados, mesmo em pista molhada”.

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